Esse dia foi longo!!! e o post também!
Assim como ontem, começamos a manhã esperando nosso
transporte pro passeio. Achei que a van seria melhor que a de ontem, um
pouquinho melhor mas nada além disso... Bem ruinzinha também... Ainda mais com
o corpo doído do Downhill!!! =)
Chacaltaya: Prédio onde funcionava a estação de esqui. |
A van parou em uma vendinha já na saída de
La Paz, o guia nos sugeriu comprar algum lanche, água extra e chocolate para
dar energia, e continuamos morro acima.
Vista de uma montanha a caminho de Chacaltaya. |
Vou ser repetitiva nesse ponto, mas é sensacional a paisagem... Passamos por uma pequena aldeia, em uma área bastante seca, com pouca vegetação, vimos algumas lhamas e ovelhas, e continuamos a subir... Pouco a pouco as montanhas foram aparecendo, o guia foi explicando um pouco sobre o lugar até que paramos para tirar umas fotos e admirar a beleza da cadeia de montanhas... Sensacional!!!
5.300 metros de altitude! Bem vindo a Chacaltaya! |
Bom, os 100 metros finais de desnível era
uma subida a pe de cerca de 500 metros... Fácil né??? Não!!! A 5000 metros de
altitude o ar já eh rarefeito, com 50% menos oxigênio. Eu, mineira, quase nível
do mar, sedentária olhei pra trilha e pensei:morri!!! O guia deu dicas para
subir aos poucos, respirar pelo nariz e soltar pela boca, hidratar e ir
caminhando no próprio ritmo, tínhamos duas horas pra ir e voltar!!! Parece
cômico, mas não é. Eles que estão acostumados fazem esse trajeto de 500 metros
em cerca de 15 a 20 min.. Pernas pra que te quero hora de subir!!! Fomos passo a passo, bebendo bastante água até que
chegamos lá em cima!!! E que vista... Sensacional!!!
A vista estava incrível... O tempo seco
deixou o horizonte aberto, de lá vemos uma parte da Cordilheira dos Andes...
Com esforço dá pra ver o Lago Titicaca, bem no fundo, provando sua grandeza pois
estávamos a quilômetros dele e era possível ver a mancha azul no horizonte...
Que sensação maravilhosa... Parar e olhar aí redor e ver tudo 360 graus de beleza natural, que nunca uma foto conseguirá transmitir!!! Vimos alguns lagos na montanha de água de neve derretida... Cores incríveis, vermelho por conta do ferro, azul esverdeado, amarelo... Único esse lugar! Fotos, descanso e hora de voltar!
Vista lá de cima! No horizonte, com vontade dá para ver uma "mancha" azul a direita do pico que aparece na foto, é o lago Titicaca! |
Que sensação maravilhosa... Parar e olhar aí redor e ver tudo 360 graus de beleza natural, que nunca uma foto conseguirá transmitir!!! Vimos alguns lagos na montanha de água de neve derretida... Cores incríveis, vermelho por conta do ferro, azul esverdeado, amarelo... Único esse lugar! Fotos, descanso e hora de voltar!
Fóssil de concha em Chacaltaya. |
A dica desta vez foi ir devagar... Descer rápido, por mais que se queira, não ajuda o corpo a lidar com a altitude, porque acaba-se fazendo muito esforço! Na volta o guia estava me contando que os estudiosos dizem que milhões de anos atrás o Lago Titicaca cobria toda a região e eu lá pensando estamos a 5.400 metros de altitude, como pode??? Até que ele acha uma rocha do chão e me mostra fósseis de conchas... Inacreditável... Enfim, muito legal!!! =)
Vista do alto dos 5.421 metros de Chacaltaya. |
Quase duas horas depois, quase 2.000
metros mais abaixo, lanchinhos e soneca na van estávamos do outro lado de La
Paz na parte rica da cidade...
Posso dizer que senti que a cidade é dividida
em duas, a parte pobre (centro) que está em torno dos 3.800 metros de altitude
e a parte rica numa área um pouco mais baixa (cerca de 3.400 a 3.600). Estes
bairros ricos são muito mais bonitos, não se vê a pobreza, vendedores nas ruas,
as casas tem acabamento (na parte pobre as casas são em tijolos, sem reboco), tem
jardins, os carros são melhores, enfim a tradicional diferença do bairro rico e
bairro pobre.
O Valle de La Luna está nesta parte mais baixa de La Paz,
estava um calor infernal, o tempo seco ajuda o sol a queimar mais a pele, mais
dois litros de água e entramos no parque. Eu não fiquei muito impressionada com
esta parte do passeio. O Valle é uma área de formações rochosas (arenitos, eu
acho) que foram moldados pela ação do vento e das chuvas. O parque em si fica
monótono após algum tempo lá dentro.
Vista do Valle de La Luna. |
É possível seguir duas trilhas pré-definidas, no
caminho são apontados alguns pontos em que se pode ver uma semelhança da
formação rochosa a algum animal ou pessoa.. A parte mais legal para mim foi
quando chegamos ao mirante, e de lá pude ver bem ao longe Chacaltaya e perceber
a que distância estávamos e o quanto ele é imponente.
Enfim, voltamos em direção ao centro, descemos na Illampu
e pegamos um táxi pro Hostel Torino. E
pensar que o dia ainda não tinha terminado. Tivemos um tempo no hostel para
tomar um banho, entulhamos as mochilas e fizemos check-out. Seguimos para perto
da rodoviária onde pegaríamos o ônibus para Uyuni.
Do frio de Chacaltaya ao calor do Valle de La Luna em um dia! |
Quando compramos os passeios já incluímos o ônibus de
ida e volta de Uyuni. Optamos pelo ônibus turístico, mesmo sendo um pouco mais
caro. A viagem é longa, 546 km, as estradas não são tão boas assim, existe um
trecho de estrada de terra, e além disso, vimos muitos comentários sobre
motoristas dirigindo bêbados. A empresa que compramos foi a Todo Turismo. Fomos
de semi-leito, com serviço de bordo (uma pequena janta e um café da manhã com
iogurte e biscoito) e wi-fi, que não funcionou muito bem. A saída era as 21h00,
mas é preciso chegar cerca de uma hora antes para fazer o embarque, acomodar as
malas no bagageiro.
Foi tranquilo localizar a empresa, é na mesma rua do
Terminal Rodoviário, quase que só atravessar a rua. Largamos as malas e nesse
ponto já eram umas 20h00, e estávamos famintas. Não tínhamos almoçado ou feito
qualquer refeição decente, apenas os lanches que compramos mais cedo. Corremos
na rodoviária a procura de uma comida menos suspeita, acabamos num restaurante
que vende frango com pasta, por sinal aqui parece que só se come frango.. por
fim não aguentava mais ver pollo na
minha frente! Farofa a parte, saciada a fome, embarcamos sem atrasos em direção
a Uyuni.
O jantar foi um arroz com frango, chá quente ou água.
O ônibus tem aquecimento, e é emprestada uma mantinha com um travesseirinho.
Tem tv passando filme e internet que não funcionou muito bem. No início eles
entregam um folheto falando da empresa, do trecho e etc, e lendo vi o seguinte
aviso, não com essas exatas palavras: “Nossos ônibus contam com equipamento de
bafômetro, sinta-se a vontade para pedir ao motorista ou atendente de bordo
para soprá-lo”, ou seja, não é um mito os motoristas bêbados. Enfim, hora de
dormir, com sorte as 7h30 estaremos em Uyuni.
Nenhum comentário:
Postar um comentário