terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bolívia: Dia 13 – Passeio em Tiwanaku

Último dia de passeio e já tá dando saudade! Hoje vamos a Tiwanaku e amanhã bem cedinho os voos de volta! Mas bora começar o dia que ainda dá para fazer muita coisa!

Mapa com a cronologia dos Tiwanakus.
O povo Tiwanaku era uma civilização pré-incaica que habitou as margens do Lago Titicaca de antes de 1.500 a.C. à depois 1100 d.C. Isso mesmo, mais de 2.600 anos de civilização. Acredita-se que a civilização Tiwanaku possa ter sido precursora da civilização Inca, pois ambas as civilizações apresentam muitas semelhanças culturais, como, por exemplo, o culto aos três animais: Condor, o Puma e a Serpente, chamado também de Trilogia Inca. Esse culto relaciona cada um dos animais com os diferentes mundos que eles acreditavam. O condor relacionado ao mundo dos espíritos (mundo de cima), o puma relacionado com a força e o espírito dos homens (mundo do meio), e por fim a serpente relacionada ao mundo dos mortos (mundo de baixo). Este é apenas um exemplo, mas existem vários outros. No entanto, existe um período entre o que se considera o desaparecimento dos Tiwanaku e o surgimento do povo Inca, aos redores de 1400 d.C., que é um buraco na história, impossibilitando saber ao certo a possível comprovar a evolução da sociedade Tiwanaku para a Inca.


Momento história a parte, a van nos pegou cedo no hostel. Percorremos tranquilamente o caminho de uns 80 km até a cidade.

A nossa primeira parada foi no museu Lítico, eu queria ter passado mais tempo lá, mas não pude. O que há para se ver de mais impressionante é o monólito Bennet, que tem mais de sete metros de altura. Um monólito é uma peça única de rocha, e neste caso esculpida na forma de um “ídolo” Tiwanaku. A sala em que fica dá um volume ainda maior ao monólito. Não se pode tirar foto nos museus de Tiwanaku, mas pesquisando na internet se acham fotos como a abaixo, e é realmente impressionante.

Museu Lítico e foto retirada da internet do Monólito Bennet.


Passamos para o museu cerâmico. Esse certamente é o melhor lugar para se entender a história já descoberta. Achei o museu bastante completo, mostrando as cerâmicas, as ferramentas, existe até uma múmia em exposição. Ele é organizado de forma cronológica de forma a contextualizar os milênios de existência da civilização. Achei interessante também o  fato de poder ver um pouco mais que ruínas e imaginar o que acontecia nelas, de certa forma, torna tudo mais palpável. Aqui muita coisa me impressionou, acho que uma peça entalhada em metal (acho que ouro, mas não tenho certeza) com uma perfeição impressionante foi sem dúvidas um ponto alto! É realmente uma pena que não se possa tirar fotos, mas nada que uma busca rápida na internet não possa te dar um gostinho do que se pode achar nos museus! Rs... Pesquise também pelo museu Cerâmico de Tiwanaku.

Saindo dos museus foi hora de entrar no sítio arqueológico. Começamos com Kalasasaya, um templo quadrado onde se encontram a Porta do Sol (acredita-se que a locação original da porta é outra e ela foi movida) e o monólito Ponce, uma versão menor do Bennet. O guia nos explicou sobre o templo, nele foram encontrados também uma espécie de megafone, que funciona! Rs.. bem legal!

Templo Kalasasaya: Porta do sol, Monólito Ponce, miniatura idealizada so sítio e megafone.

De lá seguimos para a pirâmide Akapana, que é um pouco difícil de entender por estar em ruinas, e por fim seguimos ao templo semi-subterrâneo. O interessante como um todo foi notar os três mundos representados. A pirâmide como o ponto mais alto, o templo no nível normal, do meio, e o semi-subterrâneo como o mundo de baixo. O templo semi-subterrâneo é bem interessante também, suas paredes são cheias de rostos, todos diferentes um dos outros, e no meio há três monólitos.

Pirâmide Akapana (a cima) e templo semi-subterrâneo (a baixo).

E essa foi nossa manhã. Saímos para o almoço, nosso guia nos levou a um restaurante simpático, almocei carne de lhama, que é quase que o mesmo gosto de um bife de carne vermelha, a tradicional sopa de entrada, e depois do almoço antes de seguirmos para La Paz passamos pelo templo Pumapunku.

Templo Pumapunku.

O templo é na não se vê muita coisa. Ele não foi escavado, então na verdade você anda por cima do que seria a estrutura. Há uma foto da reconstrução do que seria o templo, e é possível andar por entre os monólitos que ficariam na parte superior do templo. Mas ainda assim vale o passeio!

Estrada de volta chegamos por volta das 14h30, 15h00 em La Paz. Decidimos ir direto a loja de perfume comprar os que tínhamos escolhido ontem. Na volta paramos no centro, fomos tomar sorvete na Dumbo, muito famosa e muito bom o sorvete também (fica de frente quase ao Hotel Copacabana).

No caminho, para minha sorte, e pra variar um pouquinho torci meu pé (sempre torço! Afe!). Daí resolvemos voltar ao Torino, jantamos no restaurante que divide o prédio com o hostel, e é muito bom e barato também.


Arrumamos a mala e deixamos o táxi marcado, amanhã vamos sair bem cedo, o voo sai de El Alto as 6h20 da manhã!

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